Os cistos de Tarlov, também conhecidos como cistos perineurais ou perirradiculares, são formações saculares preenchidas com líquido cefalorraquidiano que se desenvolvem nas raízes nervosas da coluna vertebral, mais frequentemente na região sacral. Esses cistos são geralmente benignos e não cancerosos. A causa exata do surgimento dos cistos de Tarlov é desconhecida, embora existam teorias que apontem para inflamações das bainhas neurais, traumas, origem congênita ou causas degenerativas. Estima-se que 5 a 10% da população mundial possua essa condição, mas a maioria dos casos é leve e assintomática.
Na maioria dos casos, os cistos de Tarlov não causam sintomas. No entanto, quando sintomáticos, podem provocar dor lombar, sacral ou perineal, além de sintomas neurológicos como fraqueza, formigamento ou perda de sensibilidade nos membros inferiores. Em alguns casos, os cistos podem afetar a bexiga ou o intestino. A dor pode ser constante ou intermitente e pode piorar ao sentar, ficar em pé, tossir ou espirrar.
O diagnóstico é geralmente feito através de exames de imagem, como ressonância magnética (RM) ou tomografia computadorizada (TC). A RM é considerada o exame padrão-ouro para visualizar os cistos e avaliar o impacto nas estruturas nervosas. É importante ressaltar que, como muitos cistos não causam sintomas, a sua identificação pode atrasar o diagnóstico de outras patologias com sintomas semelhantes, como hérnia de disco.
O tratamento para cistos de Tarlov varia dependendo da gravidade dos sintomas. A maioria dos casos não requer tratamento específico. Para alívio da dor e outros sintomas, opções incluem fisioterapia, medicamentos para dor, e, em alguns casos, infiltrações na coluna. Em casos raros e mais graves, a cirurgia pode ser considerada para drenar ou remover o cisto, ou para descomprimir os nervos afetados.