• Formado em Medicina pela Universidade Federal da Bahia (UFBA).
  • Residência de Neurocirurgia na Santa Casa de Belo Horizonte.
  • Fellow em Radiocirurgia e Neurocirurgia Funcional pela Universidade da Califórnia Los Angeles (UCLA) EUA.
  • Neurocirurgião do Corpo clínico do Hospital Sirio Libanês e Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo
  • Autor do Neurosurgery Blog
  • Autor de 4 livros
  • Colaborador na criação de 11 aplicativos médicos.
  • Editor do Canal do YouTube NeurocirurgiaBR
  • Diretor de Tecnologia de Informação da Associação Paulista de Medicina (APM) 
  • Delegado da Associação Médica Brasileira (AMB)

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Espondilolistese: quando uma vértebra se desloca e desequilibra o eixo da coluna. Dr. Julio Pereira – Neurocirurgião São Paulo – Neurocirurgião Beneficência Portuguesa

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A espondilolistese é uma condição na qual uma vértebra desliza para frente ou para trás em relação à vértebra abaixo dela, causando um desalinhamento na coluna vertebral. Essa alteração pode ocorrer em qualquer região da coluna, mas é mais comum na região lombar, onde a coluna é submetida a maior estresse mecânico. Em muitos casos, a espondilolistese é assintomática, sendo descoberta incidentalmente em exames de imagem. No entanto, quando presente, os sintomas podem variar de dor lombar leve a dor intensa, rigidez, fraqueza muscular nas pernas, alterações na sensibilidade e, em casos graves, até mesmo dificuldade para caminhar.

As causas da espondilolistese são diversas, podendo ser congênita, degenerativa, traumática ou resultado de atividades repetitivas que sobrecarregam a coluna. A espondilolistese congênita ocorre devido a uma malformação na vértebra desde o nascimento, enquanto a degenerativa é causada pelo desgaste natural das articulações e discos da coluna ao longo do tempo. A espondilolistese traumática é resultado de uma lesão na coluna, como uma fratura, e a espondilolistese ístmica, comum em atletas jovens, ocorre devido a uma fratura por estresse na parte posterior da vértebra.

O diagnóstico da espondilolistese é feito por meio de exames de imagem, como radiografias, tomografia computadorizada ou ressonância magnética, que permitem visualizar o desalinhamento das vértebras e avaliar o grau de deslizamento. O tratamento varia de acordo com a gravidade dos sintomas e o grau de deslizamento, podendo ser conservador ou cirúrgico. O tratamento conservador inclui fisioterapia, medicamentos para controle da dor e uso de coletes ou órteses para estabilizar a coluna. A cirurgia é indicada em casos de dor intensa e incapacitante, deslizamento vertebral progressivo ou comprometimento neurológico.

A fisioterapia desempenha um papel fundamental no tratamento da espondilolistese, tanto na fase conservadora quanto no pós-operatório. O fisioterapeuta irá avaliar o paciente, identificar os fatores que contribuem para a dor e desenvolver um plano de tratamento individualizado. Os objetivos da fisioterapia incluem fortalecer os músculos que sustentam a coluna, melhorar a flexibilidade, corrigir a postura, aliviar a dor e prevenir a progressão do deslizamento vertebral.

A espondilolistese é uma condição que pode afetar significativamente a qualidade de vida do paciente, limitando suas atividades diárias e causando dor crônica. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para evitar a progressão da doença e suas complicações. A fisioterapia, em conjunto com outras medidas terapêuticas, como medicamentos e, em alguns casos, cirurgia, pode ajudar o paciente a recuperar a função da coluna, aliviar a dor e retomar suas atividades cotidianas com mais conforto e segurança.