A cirurgia na coluna vertebral, embora frequentemente necessária para aliviar dores e restaurar funções, apresenta riscos inerentes a qualquer procedimento cirúrgico. É crucial que os pacientes estejam bem informados sobre esses riscos antes de tomar a decisão de operar. As complicações podem variar de acordo com o tipo de cirurgia, a localização da lesão na coluna, a saúde geral do paciente e a experiência da equipe médica.
Entre os riscos mais comuns estão infecções, sangramento, lesões nervosas, reações à anestesia e trombose venosa profunda. As infecções podem ocorrer no local da incisão ou, mais raramente, na coluna vertebral. Sangramentos excessivos podem demandar transfusões de sangue. Lesões em nervos próximos à área operada podem causar dormência, fraqueza ou paralisia. A trombose venosa profunda, formação de coágulos nas veias das pernas, pode levar a complicações graves como embolia pulmonar.
Existem também riscos específicos relacionados ao tipo de cirurgia. Por exemplo, na artrodese, procedimento que une duas ou mais vértebras, pode haver problemas com a fixação dos implantes ou falha na consolidação óssea. Em cirurgias para hérnia de disco, existe o risco de recorrência da hérnia ou lesão da dura-máter, membrana que reveste a medula espinhal.
A equipe médica responsável pela cirurgia deve avaliar cuidadosamente o estado de saúde do paciente, realizar exames detalhados e discutir os riscos e benefícios do procedimento. Fatores como idade avançada, obesidade, tabagismo e doenças crônicas como diabetes aumentam o risco de complicações. A escolha de um cirurgião experiente e de um hospital com boa infraestrutura é fundamental para minimizar os riscos.
É importante lembrar que a maioria das cirurgias na coluna são realizadas com sucesso e proporcionam alívio significativo da dor e melhora da qualidade de vida. No entanto, a decisão de operar deve ser tomada após uma análise cuidadosa dos riscos e benefícios, em conjunto com o médico, considerando as alternativas de tratamento não cirúrgico.