As fraturas na coluna, embora representem uma lesão séria, nem sempre exigem intervenção cirúrgica. A decisão de operar ou não depende de diversos fatores, como o tipo de fratura, a localização, a gravidade da lesão e a presença ou não de comprometimento neurológico. Em muitos casos, o tratamento conservador, com repouso, uso de coletes ou órteses e fisioterapia, pode ser suficiente para promover a consolidação óssea e a recuperação funcional.
As fraturas estáveis, que não apresentam risco de deslocamento ou compressão da medula espinhal, geralmente são tratadas de forma conservadora. O repouso e o uso de coletes ou órteses ajudam a imobilizar a coluna e a promover a cicatrização óssea. A fisioterapia desempenha um papel importante na recuperação, auxiliando no fortalecimento muscular, na melhora da flexibilidade e na reeducação postural.
Por outro lado, as fraturas instáveis, que apresentam risco de deslocamento e compressão da medula espinhal, ou aquelas que causam lesão neurológica, geralmente requerem cirurgia. O objetivo da cirurgia é estabilizar a coluna, descomprimir a medula espinhal e promover a consolidação óssea. As técnicas cirúrgicas variam de acordo com o tipo de fratura e a localização, podendo incluir a fixação com parafusos, placas e hastes metálicas, ou a realização de procedimentos minimamente invasivos, como a vertebroplastia e a cifoplastia.
A decisão de realizar ou não a cirurgia deve ser tomada em conjunto pelo paciente e pelo médico especialista em coluna, após uma avaliação cuidadosa do caso. O médico irá considerar todos os fatores relevantes, como o tipo de fratura, a gravidade da lesão, a presença ou não de comprometimento neurológico e o estado geral de saúde do paciente, para determinar a melhor opção terapêutica.
Em resumo, nem toda fratura na coluna exige cirurgia. O tratamento conservador pode ser eficaz em muitos casos, especialmente nas fraturas estáveis. No entanto, nas fraturas instáveis ou com comprometimento neurológico, a cirurgia é fundamental para garantir a estabilidade da coluna, descomprimir a medula espinhal e prevenir sequelas graves. A decisão de operar ou não deve ser sempre individualizada e baseada em uma avaliação médica completa e detalhada.