Os tumores raquimedulares são raros, de lenta evolução e com diagnóstico e tratamento complexos. Manifesta-se de forma insidiosa com quadro álgico de caraterística radicular com predomínio noturno e associado com síndromes medular compressiva, de cone medular e/ou de cauda equina.
Quanto às suas localizações em relação à dura-máter podem ser divididos em extradurais e intradurais extramedulares ou intramedulares. Quanto às regiões acometidas podem ser cervicais, torácicos e lombares.
No grupo dos extramedulares as metástase são as mais prevalentes, geralmente torácicas e cujos principais focos são mama, pulmão e próstata. No grupo dos intradurais e extramedulares predomina lesões benignas e de bom prognóstico (meningiomas e schwanomas). O ependimoma mixopapilar completa este grupo. No grupo dos intradurais e intramedulares, os tumores são muito mais raros, geralmente cervicais e benignos de origem glial nas crianças (astrocitomas de baixo grau, tipo fibriar ou pilocítico) e nos adultos os ependimomas. Manifestam-se como síndrome intramedular com parestesia “suspensa” em faixa. Os ependimomas apresentam melhor prognóstico por apresentarem bom plano de clivagem com tecido medular normal. Recomenda-se avaliação pré-operatória de todos os casos com RNM de coluna para melhor programação na abordagem cirúrgica.